A vinda do Cordeiro prometido, culminando em Sua crucificação, não foi um acaso, mas o cumprimento de profecias antigas.
Miquéias já havia anunciado que o Messias nasceria em Belém (Miquéias 5.2), um evento que se concretizou conforme o relato de Mateus (Mateus 2.1). A linhagem real de Davi e o estabelecimento de um reino espiritual foram preditos por Jeremias (Jeremias 23.5), promessa ecoada na genealogia de Jesus em Mateus (Mateus 1.1).
O tempo exato para o surgimento e ministério do Messias foi revelado a Daniel (Daniel 9.25). E a entrada triunfal em Jerusalém montado em um jumentinho, assim como a traição por 30 moedas de prata, foram detalhadas por Zacarias (Zacarias 9.9; 11.13), eventos que os evangelhos registram em seus relatos.
O Calvário não foi um acidente
A crucificação de Jesus – Cordeiro prometido, não foi o fim de uma trajetória trágica. Foi o centro do plano eterno de redenção. Tudo o que Isaías profetizou (Is 53), tudo o que os salmos cantaram, tudo o que o templo apontava — culmina na cruz.
Na sexta-feira da paixão, muitos viram apenas um homem pendurado entre dois criminosos. Mas para quem conhece as Escrituras, aquilo era o cumprimento de cada linha escrita pelos profetas.
O Cordeiro prometido foi imolado
Desde Êxodo, quando o sangue de um cordeiro salvou os primogênitos, Deus já apontava para esse momento. Jesus é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29), o único capaz de tirar o pecado do mundo — e isso não era apenas linguagem simbólic, Deus prometu seu cordeiro.
Isaías já havia anunciado:
“Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, esmagado por causa das nossas iniquidades” (Is 53.5).
O sofrimento de Jesus foi real, brutal e profundamente injusto aos olhos humanos. Mas diante de Deus, foi o justo morrendo pelos injustos. Não foi derrota. Foi substituição.
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A cruz não é símbolo de fraqueza, é de conquista
Na lógica humana, morrer na cruz era um fim humilhante. Mas Jesus transformou esse símbolo de dor em sinal de esperança. Ali, Ele venceu o pecado, desarmou as potestades e abriu o caminho para o Pai.
O apóstolo Paulo entendeu isso quando escreveu:
“…pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1.23-24).
A cruz escandaliza — e deve mesmo escandalizar. Porque ela desmonta o orgulho humano e revela a graça escandalosa de Deus.
As últimas palavras revelam o propósito
Entre tantas csas que Jesus poderia ter dito, Ele escolheu palavras com peso eterno.
“Está consumado” (Jo 19.30) — não era o fim, era a conclusão. A dívida foi paga. O véu se rasgou. O acesso foi aberto.
As palavras finais de Jesus não foram de desespero, mas de missão cumprida. Ele veio para isso. A cruz não O surpreendeu. Ele caminhou para ela com plena consciência.
O que a cruz ainda diz a nós hoje?
Ainda hoje, muitos tentam suavizar a cruz, retirar seu peso, torná-la apenas uma imagem religiosa. Mas para nós, é um lugar de encontro e transformação.
Ali, o Filho de Deus foi levantado como Cordeiro prometido, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça. Ali, nossas culpas foram cravadas. E ali, nossa nova vida começou.
A cruz continua sendo um chamado à entrega, ao arrependimento e à fé. E na Semana Santa, especialmente na sexta-feira, somos convidados a lembrar: Ele morreu — para que vivêssemos.
conclusão
Sendo assim, a paixão e crucificação de Jesus Cristo, longe de serem eventos isolados e trágicos, representam o ápice de um plano divino meticulosamente traçado e anunciado pelos profetas. O Calvário, portanto, não é um símbolo de derrota, mas o ponto central da redenção, onde o Cordeiro prometido se entregou para cumprir as Escrituras e oferecer vida eterna àqueles que creem.
A cruz, com sua mensagem de sacrifício e vitória sobre o pecado, continua a ecoar como um chamado à transformação e à fé para a humanidade.
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