Uma pesquisa abordou o comportamento financeiro (dinheiro) dos porto-alegrenses, com ênfase na administração do orçamento doméstico, e revelou como a “infidelidade financeira” — quando um dos cônjuges esconde ou mente sobre questões financeiras — pode afetar negativamente a qualidade do relacionamento.
Veja alguns dados importantes levantados pela pesquisa: Envolvendo dinheiro
- Esconder compras do parceiro: 68% dos entrevistados disseram que não escondem suas compras, enquanto 31,5% admitiram que já o fizeram.
- Mentir sobre o valor de uma compra: 76,6% não mentem sobre quanto gastam, mas 23,4% confessaram que já mentiram.
- Usar dinheiro destinado à casa para outro fim sem o cônjuge saber: 85,6% disseram que nunca fizeram isso, mas 14,4% admitiram que já utilizaram dinheiro sem o cônjuge saber.
- Receber uma renda extra e não informar o parceiro: 83,8% não escondem esse tipo de renda, enquanto 16,2% já esconderam.
Outro dado relevante do estudo mostrou que 55% dos entrevistados têm o hábito de discutir regularmente sobre finanças e tomar decisões conjuntas com seus parceiros, enquanto 31,1% fazem isso ocasionalmente, ou seja, apenas algumas questões são decididas em conjunto.
Além disso, 62% dos participantes disseram que controlam seus gastos usando planilhas, cadernos ou aplicativos. No entanto, ainda há um número significativo de “gastadores” — aqueles que não conseguem poupar. O estudo revelou que:
37,5% dos entrevistados se consideram gastadores,
26% se identificam como poupadores, ou seja, conseguem economizar para emergências.
Em relação à comunicação financeira dentro do casamento:
57,7% dos entrevistados sabem exatamente quanto o cônjuge ganha,
25% não sabem exatamente, mas têm uma ideia,
10% não sabem quanto o parceiro ganha.
E, sobre a transparência inversa:
69,5% afirmaram que o cônjuge sabe quanto ganham,
19% acham que o parceiro tem uma ideia de seus rendimentos,
7% disseram que o parceiro não sabe quanto eles ganham.
Estes números mostram que a infidelidade financeira diminui à medida que os casais discutem mais frequentemente sobre suas finanças e tomam decisões conjuntas. Entre os casais que classificaram sua relação como “Excelente”, 65,6% disseram que discutem frequentemente sobre dinheiro. Já entre os casais que consideram a relação “Boa”, 48,6% discutem finanças ocasionalmente.
A pesquisa foi realizada com 303 porto-alegrenses de diferentes classes sociais (A, B, C e D), e contou com o apoio da Vitamina Pesquisa.
A Visão Bíblica sobre a Educação Financeira no Casamento
Como vemos e falamos sobre o dinheiro
A importância da comunicação e da transparência financeira (falar dobre dinheiro) no casamento não é um tema novo, e a Bíblia oferece orientação clara sobre como casais devem se comportar em relação às finanças. Vamos analisar essa questão à luz das Escrituras.
1. Transparência e Verdade: Uma Base Sólida para o Relacionamento
Em Efésios 4.25, somos instruídos a deixar a mentira e a falar a verdade com o próximo. No contexto do casamento, isso inclui ser honesto sobre as finanças. A prática da “infidelidade financeira” vai contra esse princípio bíblico, pois mina a confiança e a união no casal. Quando os parceiros escondem ou mentem sobre dinheiro, abrem espaço para a desconfiança, que pode afetar todas as áreas do relacionamento.
2. Planejamento e Administração com Sabedoria
Provérbios 21.5 nos lembra que “os planos do diligente tendem à abundância”, sugerindo que o planejamento financeiro cuidadoso traz prosperidade. O estudo da CDL POA mostrou que 62% dos casais utilizam ferramentas como planilhas ou aplicativos para controlar seus gastos, o que está em linha com esse ensinamento bíblico. O bom planejamento não só evita problemas financeiros, mas também promove paz e estabilidade dentro do lar.
3. Evitar a Avareza e o Consumo Desenfreado
A Bíblia também adverte contra a avareza (apego ao dinheiro) e o consumo desenfreado. Em Lucas 12.15, Jesus nos ensina: “A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. É fundamental que os casais se lembrem de não serem guiados pelo desejo de ter mais, mas sim por uma abordagem equilibrada e justa com suas finanças. O estudo revelou que 37,5% dos participantes se identificam como gastadores, o que pode ser um sinal de alerta para muitos casais.
4. Confiança em Deus para as Necessidades
Mateus 6.31-33 nos incentiva a confiar em Deus para prover nossas necessidades. Isso não significa que não devemos planejar, mas sim que não devemos viver em ansiedade financeira, pois Deus cuida de nós. Casais que confiam em Deus e compartilham suas finanças de forma transparente encontram paz em saber que suas necessidades serão atendidas.
Conclusão
A comunicação aberta sobre as finanças no casamento é essencial, tanto para a saúde financeira quanto para o bem-estar emocional e espiritual do casal. O estudo da CDL POA destaca como a transparência sobre dinheiro pode melhorar a qualidade do relacionamento, algo que está profundamente alinhado com os princípios bíblicos de verdade, sabedoria e confiança em Deus. Ao seguir esses princípios, os casais não apenas constroem uma base financeira sólida, mas também cultivam um relacionamento baseado na confiança mútua e na união.
“As informações aqui apresentadas são de caráter informativo e não devem ser utilizadas como substituto para aconselhamento, diagnóstico ou tratamento profissional. Em caso de necessidade, consulte um especialista.”
Como Transformar Suas Finanças pela Gratidão
Confira o estudo completo aqui.